Artigo publicado na Revista Audio & Video Design, edição 170
Mais do que “inteligente”, uma casa automatizada deve ser “prestativa”, colocando em primeiro lugar as necessidades do usuário
Sei que não sou o primeiro a escrever sobre isto – mas também,em tenra idade, fui magnetizado pela frase certeira em sacos de papel de pão francês: “Servir bem para servir sempre”. Parecia um lema ancestral das padarias tradicionais, sabedoras de que o diferencial a atingir era aquele nível de atendimento ao cliente em que a preocupação com detalhes, os pequenos agrados surpreendentes e o trato cordial o fariam voltar toda manhã.
Mais do que “inteligente”, uma casa automatizada deve ser “prestativa”, colocando em primeiro lugar as necessidades do usuário
Sei que não sou o primeiro a escrever sobre isto – mas também,em tenra idade, fui magnetizado pela frase certeira em sacos de papel de pão francês: “Servir bem para servir sempre”. Parecia um lema ancestral das padarias tradicionais, sabedoras de que o diferencial a atingir era aquele nível de atendimento ao cliente em que a preocupação com detalhes, os pequenos agrados surpreendentes e o trato cordial o fariam voltar toda manhã.
O
desconhecido e subestimado autor da
frase talvez já tivesse imaginado que o
mote pudesse alcançar dimensão muito
além do comércio de rua. Em todo
produto ou serviço que almeja ser
frequentemente usado (servir sempre),
servir bem a cada interação é
primordial. A alta frequência de uso
tem, portanto, dois gumes: a possibilidade
de se maravilhar ou se decepcionar
a cada segundo.
RESPEITO AO USUÁRIO
Ao
criar soluções inteligentes para o ambiente
doméstico, também o Google tem
isto em mente. Do ponto de vista sistêmico,
mesmo um dia muito normal e
tranquilo de nossa vida em casa tem uma
complexidade que nos passa despercebida:
a que horas acordar, como
preparar o café, o que priorizar entre
tarefas e desejos, com quem falar
e como eventos externos (chuva, resultado
do jogo, greve no transporte etc.)
mudam o panorama.
Nossa
meta é ser uma ferramenta ao alcance
da mão (ou da voz) em todos esses
momentos: que não perturbe o usuário
tentando se intrometer quando ele
quer paz ou decidir por si só, mas
que esteja facilmente disponível quando
ele precisar de uma ajuda. Em
alguns casos, o pedido de ajuda ocorrerá
explicitamente – por exemplo,quando
o usuário solicitar o apagar das luzes da área externa antes de dormir.nectado
Em
outros, tentaremos imaginar do que ele
está precisando – digamos que o usuário
tenha se esquecido de ligar o alarme
ao sair de casa. Este último caso tem
a ver com os pequenos agrados surpreendentes
da padaria, como aquela
fatia de presunto que o cortador de
frios oferece espontaneamente. Mais
que inteligente, portanto, nossa
meta é construir uma casa prestativa
– e o Google tem tido um papel
extremamente destacado no desenvolvimento
de tecnologias que vão
nessa direção.
Nossos esforços em inteligencia artificial, hoje, permitem que ofertemos alguns dos ingredientes fundamentais para essa realidade: entendimento natural da linguagem (a capacidade decompô-la em elementos menores e atribuir valores e papéis a cada um); reconhecimento da fala (transformar sons em textos), bem como a reconstrução da mesma (fazer um texto virar uma fala humana natural); modelos de personalização, predição e aprendizado; reconhecimento de imagens; e assim por diante.
Nossos esforços em inteligencia artificial, hoje, permitem que ofertemos alguns dos ingredientes fundamentais para essa realidade: entendimento natural da linguagem (a capacidade decompô-la em elementos menores e atribuir valores e papéis a cada um); reconhecimento da fala (transformar sons em textos), bem como a reconstrução da mesma (fazer um texto virar uma fala humana natural); modelos de personalização, predição e aprendizado; reconhecimento de imagens; e assim por diante.
Esses
ingredientes se materializam no Google
Assistente, o assistente pessoal que
é capaz de oferecer respostas e cumprir
tarefas de um jeito contextual e
natural. Tudo tratado com imenso respeito
à privacidade do usuário, que sempre
tem a primazia de ajustar a quantidade
de informações que deseja compartilhar
com a plataforma (e até
decidir
que nada quer compartilhar).
EXPERIÊNCIA DOMÉSTICA INTELIGENTE
Globalmente
já existem mais de 30
mil produtos,de 3.500 marcas compatíveis
com esse ecossistema. E
está à disposição dos usuários um cardápio
de mais de 1 milhão deações
que podem ser feitas com esses produtos
– coisas como "acender alâmpada",
"ativar a centrifugação","descer
as persianas", "fazer gelo" e desarmar o alarme". Inúmeros integradores
em todo o mundo seguem
fazendo esses números
Crescer:
80% deles executam a integração
em até seis semanas.Seus
produtos podem ser controlados,
inclusive pela voz, por
meio de mais de 1 bilhão de
aparelhos conectados no mundo,
como a maioria dos celulares
Android, caixas de som conectadas
e assim por diante.
O
Brasil, uma de nossas prioridades globais,
marca uma bela presença nessa
história. Em abril, organizamos um
evento com uma casa conectada em
São Paulo, mostrando que, com os
produtos já disponíveis em nosso mercado
e integrados com o Google Assistente,
é possível ter uma completa experiência
doméstica inteligente.
Em junho, anunciamos uma nova linha de produtos da Positivo a ser lançada em breve, igualmente compatível com o Google Assistente, com preços acessíveis a uma gama ainda maior de potenciais usuários. E seguimos trabalhando para trazer mais novidades. A sofisticação tecnológica, instigante como ela só, pode parecer uma solução com fim em si, mas nossa meta real é que ela não nos faça perder de vista o usuário. Este usuário, muitas vezes alheio às engrenagens que fazem a mágica acontecer, seja na padaria ou diante da televisão, apenas quer mais conforto, praticidade, tempo, uma pitada de humanidade nas relações e a grata surpresa de se sentir considerado, respeitado, conhecido e acolhido.
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(*) Alessandro Germano tem mais de 15 anos de experiência em inovação, desenvolvimento de novos negócios, gestão de parcerias e start-ups. Atualmente lidera a área de desenvolvimento dos principais negócios do Google na América Latina.
Alessandro é engenheiro pela Escola Politécnica da USP, com mestrado em administração pela FGV-SP e extensão em inovação pela Stanford University. Também é professor de gestão da inovação no Senac São Paulo.
Em junho, anunciamos uma nova linha de produtos da Positivo a ser lançada em breve, igualmente compatível com o Google Assistente, com preços acessíveis a uma gama ainda maior de potenciais usuários. E seguimos trabalhando para trazer mais novidades. A sofisticação tecnológica, instigante como ela só, pode parecer uma solução com fim em si, mas nossa meta real é que ela não nos faça perder de vista o usuário. Este usuário, muitas vezes alheio às engrenagens que fazem a mágica acontecer, seja na padaria ou diante da televisão, apenas quer mais conforto, praticidade, tempo, uma pitada de humanidade nas relações e a grata surpresa de se sentir considerado, respeitado, conhecido e acolhido.
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(*) Alessandro Germano tem mais de 15 anos de experiência em inovação, desenvolvimento de novos negócios, gestão de parcerias e start-ups. Atualmente lidera a área de desenvolvimento dos principais negócios do Google na América Latina.
Alessandro é engenheiro pela Escola Politécnica da USP, com mestrado em administração pela FGV-SP e extensão em inovação pela Stanford University. Também é professor de gestão da inovação no Senac São Paulo.
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