(Publicado na revista Casa Conectada no. 1)

Nos primeiros meses ainda continuávamos incertos sobre qual seria a real missão da AURESIDE. Visitamos empresas fornecedoras de tecnologia, esboçamos os primeiros cursos e treinamentos, participamos de um projeto, então pioneiro, de Casa Inteligente na extinta feira Domótica. No entanto, levamos alguns meses para perceber qual seria de fato o ponto central de nossa atuação. E isto acabou acontecendo quando tentávamos sintetizar os principais sistemas envolvidos nos projetos de Automação Residencial. Deste estudo, resultou o diagrama que, esquematicamente, representa a integração dos sistemas de tecnologia uma casa.
A partir deste desenho, que acabou sendo apelidado de “sistema solar” dentro da Associação, pudemos efetivamente visualizar nossa missão básica: sedimentar e divulgar o conceito de integrador de sistemas residenciais.
Como se pode observar, num projeto atual de residencias, existe uma ampla gama de possibilidades para uso da tecnologia. E se temos a possibilidade de projetar tudo isto de uma forma integrada, com certeza alcançaremos muito mais eficiência, economia e segurança. Pois vamos evitar retrabalhos e adaptações ao final da obra, vamos diminuir os prazos de construção, vamos racionalizar a infra-estrutura de dutos. E, com certeza, vamos facilitar e acelerar a instalação dos equipamentos, além de garantir facilidade de upgrades e de manutenção.
Se isto parece agora óbvio, nem sempre foi assim... podemos observar que mesmo em mercados mais evoluídos (como nos EUA por exemplo) este tipo de projeto integrado , unindo automação e utilidades com redes de dados, voz e imagem é fenômeno recente também. Ainda se discute o nome a ser dado a este profissional, alguns dizem electronic architect , outros tratam por system integrator . Seja como for, sua presença numa equipe de projeto já é fato irreversível. E, neste sentido, aqui no Brasil estamos nos sintonizando com as tendências mundiais.
Na realidade brasileira, temos sentido que o conceito de integrador vai ainda mais adiante. Pois além de projetar e de conferir validade à infra-estrutura de uma residencia, o integrador tem sido chamado a participar ativamente da contratação dos equipamentos e serviços e da implantação dos sistemas quando a casa fica pronta. E este integrador, se quiser ver o seu projeto tornado realidade, não pode deixar de participar desta etapa. Em primeiro lugar, porque nem todas as empresas estão habilitadas e preparadas para fazer suas instalações baseadas num projeto integrado e, portanto, precisam da presença do responsável. E, em segundo lugar, porque a presença do integrador garante que os parâmetros de desempenho previstos em projeto com o seu cliente serão atendidos.
Como vemos, é uma atividade inovadora e cheia de desafios. E, a melhor parte: este profissional está cada vez mais sendo reconhecido e procurado pelo mercado de construção civil ! Portanto, uma ótima perspectiva para profissionais sérios e que gostam de se manter atualizados em tecnologia. Nas próximas edições, vamos detalhar mais as atividades de um integrador e discutir seu posicionamento em relação aos outros especialistas envolvidos num projeto residencial.
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