Se existe um país que está sempre tentando liderar os
avanços tecnológicos e tirar proveito desta liderança buscando definir padrões
de comportamento e comercialização destas tecnologias, este país é os Estados
Unidos da América.
Eles ainda detêm o poder de “destruir” tecnologias e inciativas se não forem capitaneadas por eles e usam todo seu poder de mídia e todo seu poder econômico para forçar como certo e óbvio as tecnologias nas quais decidiram apostar.
E sempre fizeram isso com planejamento estratégico muito aperfeiçoado, conseguindo envolver os órgãos de pesquisa cientifica, suas empresas multinacionais e sua população, criando padrões “de facto” simplesmente pela rapidez com que era aceita e difundida.
Eles ainda detêm o poder de “destruir” tecnologias e inciativas se não forem capitaneadas por eles e usam todo seu poder de mídia e todo seu poder econômico para forçar como certo e óbvio as tecnologias nas quais decidiram apostar.
E sempre fizeram isso com planejamento estratégico muito aperfeiçoado, conseguindo envolver os órgãos de pesquisa cientifica, suas empresas multinacionais e sua população, criando padrões “de facto” simplesmente pela rapidez com que era aceita e difundida.
Contudo, o avanço extremamente rápido das tecnologias mais
recentes envolvidas com a automação residencial e predial tem enfraquecido um
pouco esta estratégia. Tudo indica que não houve tempo ou condições de se
estabelecer um caminho e vemos hoje centenas de empresas atirando para todo
lado, querendo ser a pioneira, sem nem saber exatamente do que.
O custo do desenvolvimento de produtos tecnológicos tem
caído e vemos empresas pequenas e ágeis entregando novos produtos a cada dia. O
financiamento por crowd sourcing
também enfraqueceu o poder econômico centralizado na definição de rumos.
A força centralizadora está perdendo o poder de controle e,
enquanto uns podem achar isso como um avanço, com certeza está permitindo a
criação de feudos tecnológicos que, por enquanto estão felizes com seus nichos,
mas que acabarão por se guerrear pelo mercado maior.
Um dos termômetros deste caos são as previsões que se fazem
para 2016. Não busco ser preciosista ou cientificamente correto, apenas fiz uma
rápida pesquisa na internet sobre estas previsões, focando na Internet das
Ciosas (IoT).
Olhem o que encontrei:
The Next Web (thenextweb.com)
- Deverá haver uma revolução na forma de tratar os dados. O excesso de informações deve ser tratado para que o cliente final receba apenas informações que lhe sejam úteis.
- Os equipamentos tecnológicos de uma casa inteligente serão vistos como eletrodomésticos normais; as empresas deverão investir para que sua marca seja mais ligada à casa que à tecnologia.
- Até recentemente o comprador focava no hardware ao comprar um eletrodoméstico. Agora ele começará a olhar para o software da sua geladeira, torradeira, cafeteira...
- Produtos IoT serão obrigados a se preocupar com a segurança e privacidade da informação.
Citrix
(Citrix.com)
- A bolha do IoT deve murchar. Tem havido um excesso de foco no assunto.
- Haverá um grande número de projetos de desenvolvimento na área de “aprendizado artificial” para que os sistemas possam aprender a partir do volume de dados disponíveis.
- Haverá um crescimento silencioso do uso do conceito de IoT e o consequente tratamento de dados para atender a necessidade empresariais.
- Haverá avanços significativos na aceitação de automóveis sem motorista e o uso de drones começará a ser mais difundido com funções mais nobres, como coleta de dados de plantações
- Haverá mais notícias sobre falhas de segurança da tecnologia atual, chamando a atenção para a necessidade de evolução nesta área.
IT Pro Portal (itproportal.com)
- A bolha de IoT vai se tornar realidade. O que muito se fala vai acontecer em 2016, fazendo o IoT ser uma realidade na vida de todos.
- Os ataques cibernéticos (hacks) serão mais abrangentes e mais complexos
- A privacidade das informações serão uma preocupação para o usuário
- Novos padrões serão homologados atendendo às necessidades de segurança e privacidade de outros mercados que pensam em utilizar IoT (medicina, governo, transporte, etc.)
- Os fabricantes levarão a sério a proteção dos dados e a segurança da solução
World Economic Forum (weforum.org)?
- A segurança dos dados será o assunto principal
- Deixaremos de contar número de dispositivos conectados (22 bilhões em 2020?!?) para começar a contar o número de aplicativos e serviços que usam IoT (200 mil em 2020)
- A maioria dos carros novos estarão conectados à IoT.
- 2016 será apenas o começo para as chamadas LPWAN, redes sem fio de baixa potência. Será o ano em que as empresas começarão a se envolver com isso.
- Haverá mais precisão no uso do nome IoT. As empresas líderes e os usuários finais (pessoas e empresas) de alguma forma exigirão que as funcionalidades sejam melhor definidas.
Minha previsão para 2016? Uma continuidade de 2015, com
pequenas empresas inventando produtos apenas para provar conceitos, visando na
verdade serem adquiridas pelas multinacionais pelo conhecimento que adquiriram
e não pelos produtos ou mercado. Prevejo, ainda, que as grandes empresas como
Microsoft, Cisco, Google e Apple, entre outras, consigam dar um desfecho para a
questão de padronização, mas confesso não saber se este desfecho será a criação
de um único padrão ou a decisão de que vença o mais forte. Prevejo que ninguém
ganhará dinheiro significativo com IoT em 2016, o que forçará muitos a
desistirem no meio do cominho (mas com certeza nenhuma das grandes).
O que eu não consigo prever com clareza, e terei que esperar
para que os deuses da tecnologia definam, é o modelo de negócio, é como
ganharão dinheiro de verdade com essa tecnologia. Afinal, para que a IoT dê
certo, bilhões de dispositivos terão que se comunicar via internet e não
consigo imaginar clientes pagando pela conexão, apenas pelos serviços
resultantes destes dados. Mesmo que eu
use apenas a internet que já tenho em casa, o aumento do fluxo de dados exigirá
investimentos consideráveis dos prestadores de serviço e eu não pretendo pagar
por isso. Quer meu dinheiro, me dê algo de valor!
E Feliz 2016 a todos!
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